sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Física da Alma.

Esta semana estou lendo o livro "A Física da Alma" do Dr AMIT GOSWAMI, neste incrível compêndio o professor estabelece as bases para sua teoria sobre a sobrevivência da alma* à morte, a reencarnação** e, as experiências de quase morte (EQM); sua teorias são incríveis e abrem nossas mentes para um mundo de possibilidades, mas, ao vir para casa hoje, no ônibus, aquele ambiente "propício" à meditação, me ocorreu o seguinte pensamento: Mas para que toda essa comoção intelectual? Ao chegar abri sua ultima entrevista concedida ao programa Roda Viva do jornalista HERÓDOTO BARBEIRO no YouTube, enquanto assistia a entrevista meu pai disse: "- Aí eu te pergunto: Praque tudo isso?" Lógico, não mais pude esquivar-me ao impulso de dirigir-me ao fundo de mim mesmo e buscar alguma solução.
Todo estudo nos leva a conjecturar sobre o assunto, seja lá qual for, e se não concordamos com as idéias expostas, concordaremos que isso nos fortalecerá em nossas considerações. "Examinai tudo. Retende o que é bom. (1Ts 5.21)" Portanto evitemos desprezar qualquer nova idéia unicamente por ser nova ou de fonte não reconhecida pela religião ou filosofia que professamos, na prática um espiritualista*** deve entender que não há padrão, o ser vivente, a alma, não foi moldada em fôrma, portanto, todo irmão, do menor ao maior, deve gozar do mesmo respeito e apreço que temos por nossos correligionários, nas religiões ou filosofias, e por nós mesmos.
*Alma aqui definida como o que sobrevive à morte.
**Reencarnação, a "ocupação" de um novo corpo por uma alma que tenha passado pela morte.
*** Espiritualista - Pessoa que vive em harmonia com a idéia de que há algo maior que a vida aqui nesta terra.

sábado, 21 de novembro de 2009

Para dentro, e avante !

Os avanços da ciência nos séculos XIX e XX condiram o homem a incríveis descobertas do mundo exterior, fora de si mesmo, quase levando-o a esquecer-se que sua vida acontece dentro, em seus pensamentos e emoções.
Hoje, no século XXI, a humanidade se encontra à deriva, sem referenciais, búsola ou um farol que a indique o caminho; podemos saber pela TV o que acontece do outro lado do Globo mas, não sei o que acontece nos meus sentimentos; posso ligar um telefone celular e falar com um amigo na Autrália mas, não consigo ouvir a voz da minha consciência.
No dia 19 de novembro um cidadão jogou o filho, de dois anos de idade, do décimo oitavo andar de um prédio, em São Paulo, e depois se atirou também, esta e outras notícias tem nos te chocado, estamos desnorteados, nos balamos por qualquer pisão no pé, por qualquer barberagem, brigamos por nossos "direitos" e desconhecemos onde começam os direitos alheios.
É nosso interesse informar neste blog meios pelos quais possamos retomar o caminho para dentro de nós mesmos, conhecer e dominar nossas emoções, proteger nosso emocional de tornar-se super-sensível.
Eis que estou à porta e bato: Se alguém ouvir a minha voz me abrir a porta, estrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo (Ap 3.20). Ouçamos pois a voz de nossas consciências, aquela silente voz que fala a nossa emoção indicando que não façamos algo ou, ao contrário que não deixemos de fazer. Sim Deus fala por esta voz a todo homem e mulher, e ouvila a torna cada vez mais íntima para nos ajudar na vida.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Espiritualidade Prática

Apostasia - Mudar de religião, renunciar os votos religiosos que foram feitos.

Disse Jesus: "Não cuideis que vim destruir a Lei ou os Profetas: Não vim ab-rogar, mas cumprir." (Mt 5.17)
A espiritualidade prática proposta por Jesus foi motivo de escândalo entre os doutores da religião daquela época e região, seus "métodos" eram temerários, davam excessivo valor ao ser humano, tornando-o independente de práticas litúrgicas. Hoje, pela manhã, entrou uma senhora no trem em que me encontrava, ela tinha nas mãos um instrumento raro nos dias atuais, era um rosário, um apoio para oração utilizado para marcar quantas vezes foi recitado, geralmente mentalmente, uma determinada oração.
A espiritualidade prática ensinada por Jesus nos diz que essa prática não é necessária, note, ela não é necessária mas, pode ser empregada, Ele nos esclareceu que nossa ligação com Deus deve ser praticada todos os dias, em todos os momentos, em pensamentos, palavras e ações, então não convem que eu escandalize-me julgando mal essa irmã, afinal Deus conhece seu coração sua intenção mais íntima.
No início de minha caminhada pela senda do espírito achava graça daqueles que benziam-se diante de um semitério ou de uma igreja, hoje percebo que se no primeiro caso há a intenção de proteger-se da morte esse irmão ou irmã carecem de um desejo real de aprofundarem-se na vida espiritual e, no segundo caso eles expressam a verdade de sua fé, o que é louvável e digno de respeito.
Concluíndo esta matéria convido todos para que reflitamos sobre as diferenças entre a religião e a vida espiritual e, a mudarmos nossos atos caso sintamos o Espírito Santo nos tocando neste sentido, sejamos livres do medo de cometar apostasia.
A Paz.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Liberdade

Liberdade - " Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que este diretito não vá de encontro ao direito de outrem." - Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, disponível em www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=liberdade, acesso em 06 de novembro de 2009.
Utilizando conclusões às quais chegamos em nosso último estudo percebemos que o Mestre Jesus é, ao mesmo tempo, o caminho* e o destino.
Compreendendo portanto a dinâmica requerida daquele que pretende seguir o caminho, podemos, então, nos perguntar: Mas seguir o caminho para onde ?
Uma resposta provável é: Rumo a liberdade.
Entendemos que este camihno, por ser único, só pode levar até um destino, claro que ele pode passar por outros locais mas, seu fim é definido, distinguido, em algum lugar. A esta conclusão chegamos pois, ensinando Jesus no Templo, aos judeus que criam nele, falando que aqueles que permanecessem em suas palavras, verdadeiramente seriam seus discípulos, disse: "- E conhcereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8.32) Logo, permanecer em suas palavras é uma forma segura de seguir o caminho e chegar à VERDADE QUE LIBERTA.
Mas se liberta, liberta de algo, ou alguém. Neste caso liberta do medo, da angústia causada pelo medo de errar e, do arrependimento causado pela compreensão de que se errou.
*Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. (Jo 14.6)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Semeador

A Explicação da parábola do semeador
Mt 13.3-23, Mc 4.2-20, Lc 8.5-15
Os motivos e objetivos da parábola.

Estudando entendi que, assim como em muitos grupos filosóficos e/ou religiosos, Jesus ensinava, me alguns casos, em termos de simbolismos, o que é claro no caso das parábolas, alegorias que apesar de existirem no Antigo testamento, foram utilizadas especialmente por Ele (Jesus) para ensinar quando se dirigia às multidões.
A parábola do semeador nos chama a atenção de forma especial por ser a primeira a aparecer nos evangelhos, ou seja, a primeira a ser noticiada como tendo sido utilizada por Jesus em seus ensinamentos sobre os Mistérios do Reino dos Céus (Mt 13-11) ou o Mistério do Reino de Deus (Mc 4.11) mas, o que vamos de forma clara reconhecer neste estudo é a intenção de se passar uma mensagem múltipla, ou seja, que encerrasse em si mesma duas ou mais informações. Logo após ter ensinado através da parábola do semeador foi interrogado a respeito da mesma por seus discípulos: "- Por que lhes falas por parábolas?" (Mt 13-10)*. Ao que respondeu (Mc 4-12)**:

"- Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados." (Almeida Corrigida e Revisada Fiel).
"- Para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles." (Almeida Revista e Atualizada).
"- Para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam, para que não suceda que se convertam e sejam perdoados." (Sociedade Bíblica Britânica).
"- Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem entender, sem que se convertam e lhes seja perdoado." (Católica).
Qual seria o motivo que levaria Jesus a ensinar algo para que não entendessem?
Para conpreendermos isto devemos nos reportar às afirmações que Ele fez sobre si mesmo: "- Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." (Jo 14.6). Isso indica que a prática espiritual apresentada por Jesus era uma prática dinâmica, algo que levasse, mediante uma caminha, ou progressão gradual, a outro lugar ou estado. Logo percebemos que entre a multidão que o seguia alguns estavam apenas passando e por curiosidade por ali de detiveram alguns instantes, muitos eram recém chegados, e outros já o seguiam por mais tempo, este é o motivo deste tipo de ensinamento, a diferença de nível entre a audiência.
Lançando mão da parábola Jesus conseguia instruir os mais "antigos na fé", ao mesmos tempo em que convocava os "mais novos" a caminhar por seus caminhos de forma dinâmica e diligente, seu objetivo era por em movimento tanto os de "dentro" como os de "fora"***.
* No Evangelho de Marcos diz-se apenas: "interrogaram a respeito da palavra".
** Nos Evangelhos de Mateus e Lucas a resposta aparece um pouco diferente, mas prevalece a idéia de que Jesus tinha um ensinamento diferente para os de "dentro" e os de "fora".
*** Divisão estabelecida claramente por Jesus no Evangelho de Marcos cap. 4, versículo 11.