sexta-feira, 31 de maio de 2013

O que a vida quer de nós ?


Essa é uma boa questão, sem dúvida ela já passou pela nossa cabeça algumas vezes ao longo da vida; geralmente quando temos uma decisão importante a tomar, daquelas que talvez mude o rumo de nossas vidas, passa pela cabeça: "será que é isso que quero pra minha vida?" ou então: "será isso que Deus quer de mim?". Particularmente eu gosto da seguinte sentença: O QUE A VIDA QUER DE NÓS? Gosto porque não limita a resposta a uma religião ou filosofia, porque abrange todo ser pensante no universo.

Tu sabes o que quer a vida de ti ?

Provavelmente descobriremos que cada um tem uma demanda pessoal na vida mas, se tivesse de arriscar uma só resposta, diria: Ela quer dignidade. Não uma postura sisuda, séria, carrancuda perante os fatos, muitas vezes corriqueiros do cotidiano, mas aquela dignidade do sábio, como na história de Sidarta Gautama, o Buda, quando este diz: "Meu milagre é: se tenho fome, como; se tenho sede, bebo; se tenho sono, durmo." Que dignidade incrível há nessas palavras! A dignidade a que me refiro é aquela de passar pelas vicissitudes da vida com leveza, com desapego, com a convicção de que a alegria vem pela manhã, principalmente quando essas vicissitudes advêm de decisões, atos ou omissões nossos, deliberados ou não. Os pratos da balança da vida estão sempre tendendo para um lado ou para o outro, cabe ao indivíduo decidir se quer deixá-lo para um ou outro lado, entretanto, o equilíbrio também pode ser buscado; em inúmeros casos, na esmagadora maioria mesmo, não cabe a ninguém além do próprio operador avaliar o valor de cada decisão; pode ajudar-nos a encontrar essa dignidade lembrar que a felicidade é um estado de espírito e que as mazelas são inerentes à vida na terra; vejamos um exemplo prático, digamos que saí de casa, com meu carro, para o trabalho e, que no caminho ele enguiçou; vou ficar chateado, querer brigar com o mundo? Eu tomei a decisão de sair com o carro, carros quebram, pneus furam, eu assumi o risco. Nessas horas não se lamentar, chatear e/ou murmurar é difícil mas, uma postura tranquila, serena, digna muda o nosso "astral", a postura adequada também é uma escolha, como tive a oportunidade de dizer numa postagem recente, não há a obrigatoriedade de se desesperar como a cultura contemporânea veladamente determina. O sábio vive a vida, ele não precisa prever os imprevistos pois, eles sempre estarão lá, se houver um problema haverá uma solução.
Caminhemos pois dignamente, assumindo a responsabilidade pelos riscos a que nos expomos e vivendo da melhor maneira os fatos que se apresentam perante nossos pés.

Em Paz Profunda somos, frater Cognitor.

"O homem é feito visivelmente para pensar, é toda sua dignidade, e todo o seu mérito, e todo o seu dever é pensar bem."
Blaise Pascal (filósofo, físico, e matemático Sec XVII)