Eu sou aquele a quem devias ter amado,
Sou quem te protegeu do infortúnio,
mesmo quando esquecido e desprezado.
Eu sou aquele a quem devias ter ouvido,
Sou quem te alertou para o perigo,
mesmo quando sufocavas o meu grito.
Eu sou aquele a quem devias ter seguido,
Sou quem te falou ao pé do ouvido,
mesmo quando meu falar foi reprimido.
Agora, no derradeiro instante,
longe dos títulos e praxes,
Há de conhecer-me face a face.
Reconhecer-me em ti
para no esplendor renascer
Assim enfim saber . . .
que:
Sou teu Eu.
Frater Cognitor.