sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Eu sou . . .

Eu sou aquele a quem devias ter amado,
Sou quem te protegeu do infortúnio,
mesmo quando esquecido e desprezado.

Eu sou aquele a quem devias ter ouvido,
Sou quem te alertou para o perigo,
mesmo quando sufocavas o meu grito.

Eu sou aquele a quem devias ter seguido,
Sou quem te falou ao pé do ouvido,
mesmo quando meu falar foi reprimido.



Agora, no derradeiro instante,
longe dos títulos e praxes,
Há de conhecer-me face a face.

Reconhecer-me em ti
para no esplendor renascer
Assim enfim saber . . .

que:

Sou teu Eu.


Frater Cognitor.