sexta-feira, 29 de março de 2013

Mágico caminho


pé ante pé
Fé sempre fé
peregrino viajante

dor, calor
Vigor, frescor
peregrino viajante

ego, penitência
Desapego, persistência
peregrino viajante

solidão, ilusão
Oração, compaixão
peregrino viajante

fim, Face
vim, vá-se
peregrino viajante
Michel Figueira, FRC.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Fim . . .

Acabou.


Assim começa novamente
Imagine a vida agora
de trás pra frente
caminhe sem demora

Siga o bom caminho
mesmo solitário
trate-o com carinho
Pois voltará ao contrário

Não há nada de novo
só mais um recomeço
só mais um renovo
agradeço ...


Começou.




Por termos lutado um bom combate agradecemos ao Deus Único, que nos autorizou, guiou e sustentou nessa jornada.

Feliz Ano Novo R+C a todos, principalmente aos meus amados dignos fratres e sorores.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Viver é Bom !


     Viver é bom, mas é bom viver enquanto se vive, numa postagem antiga falei sobre experiência de quase vida, fazendo analogia à EQM, de onde obtemos vários relatos incríveis de situações insólitas; um grande amigo leu essa postagem e disse que poderia ser melhor trabalhado o assunto, bem, aqui estou para tentar.
     Estabeleço como ponto de partida o fato de muitos de nós vivermos distraidamente, displicentemente, inadvertidamente como se a vida aqui nessa terra fosse eterna e direito nosso; observe quantos acidentes bobos ocasionados por falta de cuidado, falta de amor à vida, própria ou alheia; observe quantas mortes em circunstâncias banais; uma mãe que deixou o bebê de 4 meses em casa e foi ao bar, beber e conversar fiado, ela achava que a vida de seu filho seria eterna e que era seu direito "tirar o atraso da curtição" depois de tanto tempo (nove meses de gestação), um curto na tomada do ventilador põe fogo no colchão da cama de casal, o bebê que tinha seu berço a menos de um metro morre asfixiado. Uma mulher sai a noite, ao tomar seu carro, embriagada,  para retornar para casa atropela um cidadão que trabalha na calçada, bate em outro veículo estacionado, foge, fura um bloqueio da polícia, atropela um policial, e detida ainda agride o policial, encaminhada à delegacia chora copiosamente. Uma senhora idosa desloca-se de bicicleta pela contra-mão onde acaba por se chocar contra outro ciclista que vinha em sentido contrário, ambos caem, passando bem naquele momento apresso-me para ajudar, observando que ambos estavam bem achei adequado informar à senhora que ela deveria andar pelo outro lado ao que me respondeu: "Eu tenho direito de andar onde quiser!". Viver é tão bom, evitar transtornos tão simples; se essa mãe tivesse pedido que seu marido trouxesse a cerveja para que consumissem em casa, com moderação e decência; se essa cidadã tivesse pego uma táxi para voltar à sua residência; se essa idosa tivesse observado a regulamentação de transito; todos os envolvidos acreditavam estar usufruindo de seus direitos, a visão distorcida da vida urbana não apontou para eles onde estavam os direitos alheios, que foram prejudicados em todos os caos.
     Por definição uma EQV é tudo aquilo que tornou-se incompatível com a nova visão da existência adquirida por pessoas que passaram pela EQM, por algum contratempo, algum dissabor ou uma tragédia, mas há momentos onde esse despertar pra uma nova realidade advém de uma tomada de consciência mística ou cósmica, ou de uma breve iluminação. Em todos os casos o valor de um despertar desse tipo é inefável, é algo que por sua transcendência da realidade comum torna-se maior que qualquer definição possível; não haverá explicação para uma visão tão ampla assim como não há para outra tão estreita como a daquele jovem que após atropelar, mutilar e matar (ele acreditava que a vítima havia morrido) um jovem trabalhador, joga seu braço no rio, acreditando que com isso livrara-se da culpa por sua inconsequência; no entanto esse ocorrido é uma excelente definição do que chamo EQV, um jovem bem apessoado, estudante de psicologia, de família de classe média-alta, sai na noite em seu belo carro, todos os prazeres estão diante dele, e ele usufrui de todos, não há amanhã; para o outro rapaz por pouco realmente não houve; ambos vítimas da quase vida, do acreditar na pílula dourada do consumismo, da beleza física, da posse material, da classe social. Ambos descobrirão que é bom viver, viver a vida; assim como não há aquele que volte da morte para ensinar, também não haverá aquele que voltará da vida, porque viver é uma descoberta pessoal ininterrupta, vamos nós também à esta descoberta !

TFA !