Sempre
se escuta a frase: "educação se traz de casa" no sentido
de que boa educação é algo que se aprende no seio familiar, hoje
faz exatamente um mês que estou trabalhando num quartel pequeno,
perto de casa, na verdade comparado com o QCG esse é micro, ali
estive observando a família que se formou, pessoas que passam ao
menos dois dias da semana juntos, são dois dias inteiros, ou seja,
48 horas, é um tempo considerável, todos acabam se conhecendo muito
bem, interessantemente ali todos conhecem os defeitos uns dos outros entretanto, também reconhecem as virtudes uns dos outros; isso é
algo notável pois em diversos lugares onde teoricamente a
fraternidade deveria ser praticada não se constata essa prática,
esses lugares são igrejas, centros espíritas, terreiros, lojas e
vários locais que têm uma missão espiritualista e/ou filosófica.
Comecei
a tentar entender porque se observa esse fenômeno e acredito que
entendi seu funcionamento, muitas famílias, quando digo família
estou falando da célula mater da sociedade, onde
passamos nossa primeira infância, sofrem problemas e não praticam a fraternidade; lá os valores são adquiridos, lá recebemos os bens
mais valiosos que jamais receberemos em toda nossa vida,
responsabilidade, ombridade, humildade, honestidade, e outros; todos valores que levaremos por nossa vida adquirimos ali, mas muito do
que foi dito tem seu valor diminuído pois disso se subtrai o que
foi feito, numa família onde o pai de uma criança tem relações
cortadas com o tio desta ela entende que pode cortar relações com
seu irmão, o pai destas duas pessoas pode falar em fraternidade
durante vinte anos, mas tudo será nulo enquanto ele mesmo não
reatar relações saudáveis com seu irmão, muitos dos amados sabem
que este signatário foi pai jovem, aos 18 anos, mas pela graça do
Eterno, jovem ainda aprendeu o valor do exemplo, nada do que se fala
para um filho, um irmão, um sobrinho, um esposo, um amigo, um colega
de trabalho, um conhecido, ou mesmo para aquele balconista do qual
você nem viu o rosto, pode ser diferente do que se faz, há de
existir razoabilidade, coerência entre o que se fala e o que se faz;
a máxima: "faça o que eu digo, mas não o que eu faço";
é tremendamente equivocada, sempre me lembra ditadura,
tirania, autoritarismo, e antagoniza a frase do mestre
documentada no livro de São Mateus, capítulo 7, versículo 12:
"tudo o que vós quereis que
os homens vos façam, fazei-lho também vós".
Entendo
que ser família, é praticar a fraternidade, que todos os homens são
irmãos, entendo também que praticar a fraternidade é oferecer
antes o que é preciso e depois o que se quer, observo que em nossa
sociedade de consumo muitos são os bens físicos oferecidos porém
poucos os psicológicos, não estamos ensinando aos nossos filhos o
valor das pessoas, não estamos ensinando aos nossos irmãos, seja de qual grau de parentesco for, o valor que todos temos pelo que que somos independente do que possuímos portanto, tenhamos em mente que todo ser tem seus méritos e alinhemos nossos pensamentos, palavras e ações.
Salutem Punctis Trianguli .'.