sábado, 29 de dezembro de 2012

A fraternidade e a educação


Sempre se escuta a frase: "educação se traz de casa" no sentido de que boa educação é algo que se aprende no seio familiar, hoje faz exatamente um mês que estou trabalhando num quartel pequeno, perto de casa, na verdade comparado com o QCG esse é micro, ali estive observando a família que se formou, pessoas que passam ao menos dois dias da semana juntos, são dois dias inteiros, ou seja, 48 horas, é um tempo considerável, todos acabam se conhecendo muito bem, interessantemente ali todos conhecem os defeitos uns dos outros entretanto, também reconhecem as virtudes uns dos outros; isso é algo notável pois em diversos lugares onde teoricamente a fraternidade deveria ser praticada não se constata essa prática, esses lugares são igrejas, centros espíritas, terreiros, lojas e vários locais que têm uma missão espiritualista e/ou filosófica.
Comecei a tentar entender porque se observa esse fenômeno e acredito que entendi seu funcionamento, muitas famílias, quando digo família estou falando da célula mater da sociedade, onde passamos nossa primeira infância, sofrem problemas e não praticam a fraternidade; lá os valores são adquiridos, lá recebemos os bens mais valiosos que jamais receberemos em toda nossa vida, responsabilidade, ombridade, humildade, honestidade, e outros; todos valores que levaremos por nossa vida adquirimos ali, mas muito do que foi dito tem seu valor diminuído pois disso se subtrai o que foi feito, numa família onde o pai de uma criança tem relações cortadas com o tio desta ela entende que pode cortar relações com seu irmão, o pai destas duas pessoas pode falar em fraternidade durante vinte anos, mas tudo será nulo enquanto ele mesmo não reatar relações saudáveis com seu irmão, muitos dos amados sabem que este signatário foi pai jovem, aos 18 anos, mas pela graça do Eterno, jovem ainda aprendeu o valor do exemplo, nada do que se fala para um filho, um irmão, um sobrinho, um esposo, um amigo, um colega de trabalho, um conhecido, ou mesmo para aquele balconista do qual você nem viu o rosto, pode ser diferente do que se faz, há de existir razoabilidade, coerência entre o que se fala e o que se faz; a máxima: "faça o que eu digo, mas não o que eu faço"; é tremendamente equivocada, sempre me lembra ditadura, tirania, autoritarismo, e antagoniza a frase do mestre documentada no livro de São Mateus, capítulo 7, versículo 12: "tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós".
Entendo que ser família, é praticar a fraternidade, que todos os homens são irmãos, entendo também que praticar a fraternidade é oferecer antes o que é preciso e depois o que se quer, observo que em nossa sociedade de consumo muitos são os bens físicos oferecidos porém poucos os psicológicos, não estamos ensinando aos nossos filhos o valor das pessoas, não estamos ensinando aos nossos irmãos, seja de qual grau de parentesco for, o valor que todos temos pelo que que somos independente do que possuímos portanto, tenhamos em mente que todo ser tem seus méritos e alinhemos nossos pensamentos, palavras e ações.

Salutem Punctis Trianguli .'.