segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ciclos


A vida e seus ciclos, eis um belo assunto para submetermos a reflexão; as cinco fases da vida, a alternância entre dias e noites, entre as estações, as trocas gasosas que se dão em nossos pulmões, todos belos exemplos dos ciclos que marcam nossa passagem por este mundo. Hoje quero falar de um ciclo muito interessante, um ciclo ao qual devemos nos conformar, digo conformar não só no sentido de aceitar mas, principalmente, no de compreendê-lo e utilizá-lo para nosso benefício. Trata-se do "4A 4E", a vida é assim, o médico só se torna médico se um outro médico lhe ensinar, assim como o músico, o motorista, e pasmem, até mesmo ser humano só torna-se humano no convívio com outros seres humanos. Assim chamo a atenção para um assunto abordado por nós no sábado dia 7 de julho; a importância dos instrutores, do grupo e de sua egrégora.


Sendo assim, partilharei um conceito que me foi ensinado a cerca de 15 anos; incorporando a ele minha própria didática passei a chamá-lo Ciclo de "4A 4E", ou seja, Aprender a Aprender, Aprender a Ensinar, Ensinar a Aprender e, Ensinar a Ensinar. Este é um ciclo lógico em toda escola embora muitas vezes o fato se perca de vista, nas escolas de espiritualidade, sejam elas menos ao mais dogmáticas, o ciclo 4A4E é sempre aplicado, o novato (neófito, recém convertido, acólito) é preparado paulatinamente para em dado momento assumir uma posição de decisão dentro do grupo, inclusive no que diz respeito ao ensino.


Nós, aprendizes da vida espiritual, devemos ter em mente que em algum momento ser-nos-á cobrada a postura de vanguarda diante dos assuntos de nossa instituição, seja ela qual for; o aprendizado da espiritualidade deve ser aplicado na vida, esse é seu único objetivo, daí os constantes alertas quanto à busca meramente por curiosidade, porquanto ao cobrar-se o preço do esforço dispendido pelos instrutores não se aceita menos que excelência, é o que devemos aos nossos mestres, instrutores, mártires, iniciadores etc . . . Por isso aproveitemos todas as oportunidades pra aperfeiçoarmo-nos, não vacilemos diante dos desafios, eles são os momentos de testar nossa evolução no trabalho, essa é a fase de ganhar confiança para encarar os verdadeiros desafios que virão, aqueles que porão à prova nossa vontade, ameaçando não só nossa individualidade mas também todo o trabalho ao qual nós e nossos mestres se dedicaram, a continuidade do próprio ciclo.


Por isso lembremo-nos, excelência, responsabilidade, não se espera nada menos dos estudantes da mais profunda, antiga e complexa ciência, a ciência do Ser.


Pax et Lux.

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